segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Nem alternativa nem oposição

Os socialistas madeirenses lá continuam alegremente a caminho da irrelevância absoluta. Como parecem deliciados com a proeza, faço votos de que façam boa viagem. E porque quase sempre me doem as penas alheias (ai, este espírito cristão!), espero que vão leves e não desesperem: por este andar, a excursão não há-de ser nem pesada nem longa.
Palavra que tenho dificuldade em compreender tamanha demonstração de insensatez colectiva. Os maus resultados sucedem-se, com a mimosa particularidade de serem cada vez piores. A influência do partido vai-se esvaindo, como se a hemorragia não tivesse cura possível. E, o que é pior, a fronteira entre a seriedade e a anedota parece ter sido irremediavelmente ultrapassada. Não obstante, as suas principais figuras assobiam para o lado. Agem como se apenas se preocupassem em controlar os movimentos uns dos outros. E deixam o campo aberto para que Serrões, Gouveias e Cardosos (sempre sabiamente acolitados por excelentíssimas hordas de ajudantes dedicados) engalanem os currículos pessoais à custa da falência do partido em que por acaso militam. Em suma, um prodígio. De fraternidade política. De solidariedade partidária. De apego às causas que juram defender.
Manda a prudência que não avance sem um breve parêntesis. Não me incomoda rigorosamente nada que o PS continue a perder eleição atrás de eleição. As vitórias e as derrotas são a cara e a coroa das democracias. Mesmo das asfixiadas. O que me incomoda é a percepção de que a inércia do voto do povo soberano decorre também de uma preocupante ausência de alternativa. Como se vivêssemos em permanente clima de falta de comparência. Ou como se no arco da governação não houvesse mais do que um partido institucional, que nos mexicaniza a vida e sufoca a democracia, acrescido de uma cada vez mais apreciável dose de indigência e irresponsabilidade. É esse, de facto, o meu único cuidado. Ninguém nos oferece a possibilidade real de um dia sermos tentados a ensaiar caminhos alternativos. Andamos expropriados de escolhas. E isso, queiramos ou não, empobrece-nos a vida, as perspectivas, o futuro.
Não desvalorizo, podem crer, as subidas registadas por alguns partidos da oposição. Congratulo-os pelos ganhos. Até pelo quadro de dificuldades políticas em que têm de movimentar-se. Espero, no entanto, que se compreenda que há uma diferença substancial entre fazer oposição e ser alternativa. Ora, o problema deste PS é que já não consegue ser nem uma coisa nem outra.
Bernardino da Purificação

Um comentário:

Anônimo disse...

O Purificado do Bernardino, a tal inepta criatura que delirantemente se julga inelutável, totalmente ensoberbecido pelos ingurgitados elogios vertidos pelos seus apaniguados comentaristas, reconhecidos acéfalos que vegetam nos meandros das apoucadas pevides da sua putrefacta mona, pode e deve esconder o seu ancho ar, abrilhantado pelo seu opado peito, dado que atendendo a que finalmento nos conhecemos, conforme verte num artigalhozeco anterior, pelo que definitiva e irretratavelmente, decidi jamais perder tempo com tão nogenta e desprezivel personagem, dado que longe foram os tempos em que de palhaço a meretriz, para tal sempre se dispôs, pelo que sem mais,vá barda ....., isso mesmo !