sábado, 26 de julho de 2008

Jardim e a cerveja sem álcool

O dr. Jardim anunciou um discurso moderado para o Chão da Lagoa. A coisa não é para ser levada a sério, como é evidente. Um Chão da Lagoa sem fogo seria o mesmo que cerveja sem álcool. Seria assim uma espécie de faz de conta.
Já se percebeu que o dr. Jardim está gasto de ideias. E até se concede que o facto de ninguém lhe passar cartão é bem capaz de estar a fazer mossa. Passar a vida a vociferar sem retorno e a solo deve ser realmente cansativo. Há-de dar cabo da energia. Há-de delapidar a imaginação.
Ainda assim, não acredito que o discurso de amanhã seja moderado. No dia em que o dr. Jardim se atrevesse a romper a tradição acabava com o espectáculo. E o êxito mediático do Chão da Lagoa ficaria irremediavelmente comprometido.
Espero sinceramente que o dr. Jardim não caia nessa. É que o lado folclórico do seu modo de fazer política precisa de um Chão da Lagoa à maneira. E o país sem notícias que se diverte com o fenómeno não dispensa o picante que anuncia as férias grandes.
É claro que o dr. Jardim está confrontado com um problema grave. A bem dizer já não consegue produzir uma ideia com um mínimo de originalidade. Mas esse, bem vistas as coisas, já é desde há muito o seu drama. É o centralismo para aqui; os comunas para ali; os súcias para acolá. Se repararem, espremidinho, espremidinho, a coisa não passa disto. Três temas avulsos que o dr. Jardim consegue glosar até à náusea. E o resultado está à vista: o homem já não sabe o que dizer.
De maneira que eu sugeria que fizéssemos todos uma forçinha para que o dr. Jardim tenha um lampejo qualquer lá nas alturas do Chão da Lagoa. Senão, o que vai ser de nós? Sim, de nós, os que contamos os dias em ansiosa contagem decrescente entre um Chão da Lagoa e outro na esperança renovada de um dia sermos brindados com uma ideia nova, uma ideia gira, uma ideia interessante. Gritada, pois então, que a liturgia comicieira a isso obriga. E, já agora, também gesticulada, que é isso o que se espera do número sempre à parte dos maestros de verdade.
Em suma, dr. Jardim, veja lá se não nos desilude. A gente sabe que vosselência está à rasca. Fala, fala, fala, mas já ninguém lhe dá troco ou passa cartão. Ainda assim, veja lá se faz o que deve porque é também para isso que lhe pagam. Ou será que ainda não percebeu que o que é preciso é animar a malta?
Bernardino da Purificação

2 comentários:

Anônimo disse...

O Dr. Jardim, encontra-se neste momento com um problema semelhante ou parecido ao de Elvis Presley, no termo final da sua vida.
Perdeu a mulher,(aqui, parece que o Dr. Jardim ainda não perdeu tal...!),perdeu a memória ( não decorava as letras das canções, o Dr. Jardim, só se lembra dos palavrões) e perdeu a voz ( o Dr. Jardim, por diversas vezes ficou afónico, após longas lutas...?). Tudo por culpa do alcool e da droga (obviamente o tal de Elvis, porque o Dr. Jardim, ao que se sabe, somente toma John Caminito).
O dr. Jardim, para além de ter perdido tudo o que acima se refere, perdeu essenciamente a pouca credibilidade que ainda representava.
Até a sua Chefe (a lindona da Ferreira), disse em alto e bom som, em terras açorianas, que não gostava de festas de palhaços.
E por falar em palhaço, o Dr. Guilherme pretendeu esbater o tom da critica nacional acima referida, só que a "mona" do Jardim,´semi-alccolizada, disse o contrario.
Somos obrigados a tão miseravel espectaculo ?
Dizem que a inimputabilidade, trata-se de um instituto alta e recomendavel a esta triste personagem.
Será verdade?

Anônimo disse...

o exemplo

Os 230 deputados deram mais de 1.500 faltas nas 109 reuniões plenárias da terceira sessão legislativa, apenas 10 das quais injustificadas, e Carlos Gonçalves (PSD) e Manuel Alegre são os recordistas, com 39.