quinta-feira, 30 de abril de 2009

Obrigado, senhor presidente

Tenho andado a cismar com a descoberta do Tribunal de Contas sobre as viagens do dr. Jardim. Sabem. Pesa-me na alma a ideia de que o nosso venerando líder possa andar confrontado com uma ameaça terrorista. Ao ponto de me sentir quase culpado. Nós aqui no bem-bom do conforto dos nossos lares, enquanto ele se obriga a passar a vida em aeroportos, quartos de hotel, automóveis com motorista e reuniões importantes de conclusões secretas. Tenhamos vergonha. Ninguém tem o direito de pedir a um governante o seu sacrifício pessoal. E nenhum de nós merece que alguém em nosso nome se imole na fogueira do desconforto, no ardume da solidão, no negrume que esconde o perigo.
Chamem-me tremendista. Mas em parte nenhuma do mundo um presidente mantém em segredo, depois de fazê-las, as viagens que faz. É verdade que o dr. Jardim não é um presidente qualquer. Ele é, digamos, um presidente-viajante. Que se ausenta semana-sim-semana-não. Que estoicamente se obriga a procurar o sustento da terra que ama nas lonjuras esconsas dos corredores da Europa. Que dá literalmente o corpo ao manifesto em benefício da região que representa. Os outros, os presidentes não-viajantes, podem dar-se ao luxo da imprudência. Refiro-me aos obamas deste mundo, aos sarkozys que por aí andam, aos browns e às merkels que também nos mandam, bem como a outros demais líderes de estirpe semelhante. Esses, como sabemos, permitem-se divulgar com quem e onde estiveram. E vão até ao ponto, imprudentes e vaidosos que são, de nos revelarem os resultados concretos das escassas viagens que fazem. Como se não tivessem, também eles, o direito ao segredo. Como se as ameaças que certamente também enfrentam pudessem ser negligenciadas. Ou como se andassem todos a reboque de um impulso imprudente e louco de prestação de contas. Deviam olhar para o nosso dr. Jardim, é o que é. E assim ficariam a saber como deve actuar um presidente no mundo de ameaças várias em que os governantes, desgraçadamente para eles, têm de movimentar-se.
É claro que eu próprio gostava de saber o que faz o dr. Jardim nas constantes viagens que em nosso benefício efectua. Compreendo, no entanto, que sua excelência nada nos diga. Segredos são segredos. E se o homem decidiu não mexer nem remexer nos nossos sentimentos de culpa é porque sabe que nos sentiríamos esmagados pela monumentalidade das coisas a que se vem sujeitando em nosso nome e para nosso proveito. Respeitemos, pois, a opção de sua excelência. E, sobretudo, sintamo-nos gratos. É este o apelo sentido que daqui me atrevo a lançar. A jornais e jornalistas agora histéricos depois de anos cúmplices de descaso e silêncio. E a partidos e políticos da oposição que, pelos vistos, adiaram até agora a indignação a que sempre tiveram direito. E olhem que quem vos fala (este vosso humilde criado) é alguém arrependido. Vai fazer a 1 de Junho precisamente um ano que, com manifesta insensatez, deixei aqui no Terreiro as seguintes palavras:
"...todos temos o democrático direito de saber o que é que o presidente do governo anda afinal a fazer nas suas andanças quinzenais. Não em virtude de qualquer curiosidade mais ou menos voyeurista. Mas porque ao nosso democrático direito de saber que passos dão em nosso nome aqueles que nos governam, corresponde o dever igualmente democrático desses governantes nos prestarem contas. Seja por sua vontade expressa, seja por intervenção e iniciativa dos media. De maneira que, não havendo explicações, teremos de concluir que sua excelência andará certamente a passear, posto que nada de relevante tem para nos dizer depois das suas cada vez mais frequentes saídas. A menos que prefira que pensemos que se está positivamente nas tintas para nós."
Sinto-me envergonhado, podem crer. Mas, que querem?! Há um ano não tinha percebido que os segredos presidenciais eram segredos de segurança. E lamento que tenha sido necessária a intervenção do Tribunal de Contas para finalmente conseguir enxergá-lo (não há pior cego...). É com este sentido de arrependimento que escrevo estas linhas. Mesmo sabendo que o desconforto do nosso venerando líder é mitigado pelo aconchego solidário de um assistente permanente que ninguém, todavia, tem a dita de conhecer. Para ele também a minha gratidão.
Bernardino da Purificação

41 comentários:

Anônimo disse...

A "assistent segurance" chama-sa "Lita" e não mais representa do que a sua "amázia" ?

Anônimo disse...

Será que o "Homem", encontra-se impedido legalmente de viajar com uma "segurança" ?

Somos muito maldosos.

Anônimo disse...

Tremendista...?

Carissimo e Dignissimo Bernardino, Vossa Excelencia somente peca por defeito.

Permita-me, logo hoje que se celebra o dia Mundial da Liberdade, questionar-lhe sobre "ajudas de custo" que o Sr. Presidente recebe das suas alegadas "viagens secretas" ?

Saberão informar-me qual o montante das referidas ajudas de custo ?

Atenção, não se trata do custo das suas reais estadias europeias.

Quinhentos euros por dia de ajudas de custo, para além da real estadia de Sua Excelencia ?

Será que o Dr. Aventura Garcês, explica ?

Por outras palavras, o Sr. Presidente do Governo, para além do custo das suas "viagens secretas" ainda recebe "ajudas de custo" para fazê-las ?

Mais concretamente, nós pagadores, suportamos o custo das ditas e ainda, da sua assistente especial ?

Quem tem a coragem de afirmar que a Madeira não pertence geografica e socialmente à África?

Já agora, a Primeira Dama, já foi hoje ao planalto, saltar à lage ?

Bernardino da Purificação disse...

Não faço a mais pequena ideia se as situações e nomes constantes dos comentários anteriores têm qualquer aparência de verdade.
Não obstante, é visível que estamos a entrar em terrenos que nada têm a ver com a política. Como não sou igual a bruderes nem a entes quejandos, solicito que se reconduza a intervenção neste Terreiro aos limites da decência.
Agradecido
Bernardino da Purificação

Anônimo disse...

O leve rubor da donzela virgem, ou como se olha o verniz do dedo mindinho, com distinção e altivez, sabendo que é do armazém chinês ao lado, e até está em promoção. Coisas de gentinha impoluta, que arregaça as calças quando vai ao chiqueiro, logo depois de olhar maravilhado para o jardim das camélias em flor. Sempre tive um fraquinho por estas personagens da ribalta, que mal as gambiarras se acendem, ficam logo encadeados por temor a que se saiba que afinal é o nosso tímido, e marreco vizinho ao lado.
Bruder

Jorge Figueira disse...

Confesso que faz falta o (a) Bruder para, com a sua linguagem que nada acrescenta ao debate das questões colocadas, vir deixar uns insultos.
Patética e a fazer lembrar o (a) Bruder é a intervenção do Sr. Paulo Pereira no comunicado inserto no DN de hoje.
Os dirigentes da oposição dizem-se chocados. Pergunto eu: o cidadão eleitor que pensa? Infelizmente receio que tal como em Felgueiras, Oeiras etc...continue, ainda com menos vergonha que os eleitos, a votar em quem não deveria merecer-lhe confiança

Bruder disse...

Meus caríssimas comentadores desdobrados em nicks vários, o Da Purificação não apresenta ideias. Tem um jeitinho para confeccionar aqueles pratos de iguarias que se colocam estrategicamente nos grandes banquetes, tão sofisticados e artísticos, que ninguém ousa servir-se. Admiramos a arte do " colocar ".Há quem se deslumbre com estes brilharetes de " homem agoniado", como há quem prefira o calhau como estância balnear ( por aquilo do natural e das pedrinhas quentes..).Se fora um debate de ideias, partia-se a louça de decoração, e seria servido os manjares alternativos. Uma ideia não é uma posta de espada estendida ao sol, onde a examinamos ,sem a degustar. Uma ideia , supõe , ou uma adesão, ou uma alternativa. Quiçá uma negação justificada. Ideia , atiça ideia. Bilhardices, comentários do Golden, ouvidos moucos. Os encaixes de plástico, mais exóticos e artísticos que possam parecer, nunca rebentarão, reproduzindo o natural. Tomar ao sério o que não é, é subestimar, todos aqueles que se lançaram na arena politica, uns mais outros menos, certo, alguns até crucificando a Família e parentes mais chegados. Muitos erraram , outros serviram-se antes de servir, outros ainda terão que pagar gerações futuras os seus actos de hoje. Nada nem ninguém , seja a que titulo for, justificará estes comentadores de sofá., perfumados de lábia pronta. Mas entretêm, razão pela qual o leio. Como tivera lido Eça e Quintal em seus tempos, e nos seus contextos políticos .Nada de pessoal. É compreensível que os paspalhos admirem estes sibilas, como forma de serem recompensados daquilo que aspirariam escrevinhar. Pessoalmente não me incomoda .Leio o Da Purificação, como leio muitos outros que manejam a Palavra como um bisturi, sem objectivo preciso na arte médica. Corta, lambuza, insinua, torce-se e retorce-se, e no final, nada aportou. Comentou. Contorcionista ambulante, rodeado pelo Oceano, ou olha o horizonte, ou afoga-se nas suas angustias pessoais. Que ocupe o seu espaço de blogger , que arrume a sua mobília interior. Sempre há o Pináculo como alternativa.

Anônimo disse...

A Madame Bruder, agora ousa comentar sob o "anonimato". Será ? Ou será que afinal existem mais "Bruders" ?

Uma coisa é certa, esta Madame Bruder, responsavel pelo comentário antecedente, sentiu-se e picou-se. Até fala de "gentinha", linguagem comiceira que todos lhe reconhecem.

Pois é Madame, então não gosta que lhe esgravatem o secretinsmo das suas viagens.

Grande pouca vergonha...!

Não respeita a familia !

Não respeita os seus eleitores !

Não respeita os contribuintes !

E finalmente, tem a maior falta de vergonha para com a sociedade. Ao menos reconhece que não é daqueles que arregaça as calças quando vai ao chiqueiro. Aliás para quê, a sua lavandaria de Bruxelas, lava-as à custa do erário Regional.

Já agora, que tanto viaja para Bruxelas e Estrasburgo, aprenda com essas gentes, como se governa em democracia e mais importante, como nunca se confunde a familia com a vida publica.

Mais explicitamente, a vida publica é paga justificadamente pelo erário público...já que a privada, aquela que incomoda a reconhecida tibieza do nosso simpático Bernardino, é paga com o nosso dinheiro, até porque a Madame, reconhecidamente detesta cartões de crédito...saber-se-á porquê ?

Anônimo disse...

Mais uma Madame Bruder ?

Como diria o Major, afinal quantas são ?

Será que essa tendencia suicida pelo "Pináculo" é explicavel pelos "Freudianos" ?

Encarecidamente, por razões mais que justificáveis, aconselho-lhe encarecidamente a Ponte do Ribeiro Seco. Até porque vai com vantagem em termos de "Goal-average".

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

E o Bruder respondeu! Entre o tempo que o Bruder levou a pensar se responderia e o tempo que levou efectivamente a responder, depois de ter pensado ou feito um esforço intenso nesse sentido, demonstra o Bruder à plateia que precisa de tempo para meditar. Ou para urdir.
E o Bruder respondeu! Urdiu! Ainda que indirectamente.
Bruder! Bruder!... já era sem tempo! Grande urdidura ohhh homem!!
Bruder transporta no seu texto as infâmias que certamente comete na política, de onde é provavelmente oriundo, essa actividade rameira onde circulam os homens “augustos”, vendidos ao mundo.
Bruder! Fique quieto e não se esforce em apoquentar as pessoas de bem! Não consegue!

Anônimo disse...

Quem diria que a "velhaca" da minha velha amiga, agora travestida de "Bruder", era capaz de escrever o que escreve.

E nem é a qualidade da escrita que escrutino, mas sim a sua cada vez mais falta de vergonha.

É preciso ter lata...se calhar o computador que utiliza, também é pago por este miseravel Povo Superior.

Anônimo disse...

Parabens ao Sr. Bernardino e aos comentaristas.

Pelos vistos, aqui sem receios nem medos, discutem-se problemas desta sociedade, que nem a oposição mais voluntariosa, tem coragem de discuti-los em sede propria, mais concretamente na ALR.

E pelos vistos, quem ao longo dos anos tem mostrado um verdadeiro desdem pela sede da democracia regional que lhe sustenta a autonomia, a qual entre outras realidades justifica este imbroglio das viagens e respectivas ajudas de custo, apresenta-se neste cenário, com grande disponibilidade, pelo menos para insultar e difamar, qualidades apanagio do seu caracter.

Bravo Bernardino.

Coragem e frontalidade aos meus Distintos Colegas comentaristas.

Vilhão Burro disse...

Antigamente, para justificar o injustificável,ouvia-se o argumento que proclamava "estar o Botas mal acompanhado"!
Actualmente, já ouvi a mesma cantilena aplicada ao "único esperto" cá do burgo!
Cada um,ao seu estilo, mais não fizeram, ao looooongo dos seus "reinados" que não fosse estupidificar a plebe.
Uma coisa, porém, os distingue:
Arrancar o Manholas, de S. Bento, não era tarefa fácil.
E,quanto a meter a mão no "mealheiro"...deixava o Tio Patinhas a roer-se de inveja.
Entre um avarento e um pródigo, o diabo que escolha (de preferência, que carregue os dois).
As facturas, do atraso e do super-endividamento,num caso e noutro,têm o mesmo destinatário pagador:o Zé Povinho!

Anônimo disse...

Porra, que saudades da Sra. Bruder e da sua prosa novecentista (sec. XIX, claro)! Será que ela inveja, secreta e devotamente, a D. Lita?

Fernando Vouga disse...

Os comentários da D. Bruder mostram de que massa é feito o Povo Superior. Gente que me faz lembrar passageiros de um navio a afundar-se que, em vez de vestirem os coletes e correrem para as lanchas salva-vidas, dão pancada nos marinheiros que as avisam do perigo.

Anônimo disse...

Mas afinal dicutimos o caracter, a personalidade e os estilo da politica da Dona Bruder, ou vamos discutir os crimes que lhe são imputados. Ou será que a Veneravel Mademe é inimputavel e consequentemente os seus crimes encontram-se exlcuidos de ilicitude ?

Prevaricou, não prevaricou ?

Porque espera o MP ?

Que a dita continue impunemente a viajar à sombra e custa do erário ?

Tenho cerca de setente anos, nasci em Portugal em pleno regime Salazarista e seguramente morrerei na Madeira, durante a vigencia do famigerado "Jardinismo" .

Será que tenho o direito de pelo menos viver um dia em democracia, na terra porque tantos impostos paguei ?

Anônimo disse...

Pois sim. Chama-se Élia a assistente permanente. Porque Lita é só para os amigos mais íntimos. A senhora começou a preferir a carne mais rija, substituindo os tenros bifes que sobejamente devorava. Mas agora percebe-se porquê. Só pode ser porque esta carne mais rija (e reparem que não digo "menos tenra") é servida com outro tipo de guarnição.
É realmente vergonhoso. E nestes posts todos não vi ninguém escrever a verdadeira questão. Anda o Sr. Dr., às custa do hierário público, a passear-se pela Europa com a sua amante. E essa senhora, que se dá a ares, não é senão isso. Uma amante. O que em outros tempos era uma vergonha mas que agora parece que é cargo com direito a honras de estado.

Anônimo disse...

Mais grave meu caro anonimo antecedente. Nem ´só se dá hà pouca vergonha de passear a referida assistente, como ainda ganha ajudas de custo para pagamento de tal tarefa, e ao que consta muito bem remuneradas, mais ou menos quinhentos euros diários.

A factura claro que é paga pelos parolos de todos nós.

Não é anedota acreditem.

Anônimo disse...

Sendo novato nestas paragens, acreditem que me encontro totalmente destroçado.

Explico melhor, da hà muitos anos a esta data, sempre acreditei na honestidade do Sr. Dr. Alberto João. Comparava-o no controle do dinheiro público a Salazar, com a diferença de ser um grande democrata.

Inclusivamente cheguei ao ponto de ter brigado com dois grandes amigos, pelo facto destes não acreditarem na seriedade do nosso Sr. Presidente, situação que hoje muito me constrange .

Afinal parece que me enganei.

Então será mesmo verdade que os referidos dinheiros das viagens, são gastos conjuntamente com uma secretária ?

Então é essa realidade que torna as ditas viagens secretas?

Ainda estou incrédulo e tenho de ver para definitivamente acreditar.

A ser verdade, foi este o ultimo politico que me levou.

Votos para mais ninguém, afinal sendo verdade, são todos os mesmos e o que não for, que jogue a primeira pedra.

Paz às suas almas .

Anônimo disse...

Então o rigoroso pela gestão dos dinheiros publicos, fêz o que fêz.

Bem prega Frei Tomás

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
filipe seq disse...

calma.

Anônimo disse...

Será mais uma "cabala" ?

Não sendo, qual a razão de tanto prurido no trato desta lamentavel realidade ?

Porquê tanta "finura" e "delicadeza"?

Bruder disse...

Não sei se terei pachorra para entrar no jogo dos bloggers anónimos, nem sequer se o esforço vale o objectivo. Se não fora um “Da Purificação” que estivera à frente destas palermices escritas por aqui, e sendo o dito afinal um destro usuário da Palavra, o me alegro por tal, certamente passaria ao largo, e contemplaria distraidamente,as cagarras várias que esvoaçam.
Pois bem .
Ainda hoje alguém ligado a comunicação, dita social, nesta Ilha dizia que os blogues começam a ser uma terceira força alternativa na informação. Queixava-se no entanto o dito , dizendo que nestes espaços se lança o insulto gratuito, a verborreia a leilão, deixando um rasto de calunias e meias verdades, sem possibilidade de réplica, pois mal esguichado o espirro,retira-se a pluma para a fossa comum. Assim é de facto, e pode-se facilmente constatar. Mas é o preço a pagar pela chamada “ liberdade de opinião”, embora essa liberdade tenha anexado as responsabilidades civis e criminais de quem as lança., quando são infundadas e tremendamente injustas. Nunca há que esquecer também esta faceta legalista, pouco usada ainda entre nós, é certo, mas contemplada nos códigos da Republica que nos encoberta.
Vamos então colocar como hipótese que o AJJ anda há anos tentando saber duas coisas; se nas profundezas dos oceanos que nos cercam há petróleo, logo uma fonte “ milagrosa de auto-sustento” económico, e se é viável a sua exploração. Na havendo, ou pelo menos não tendo acesso a essa informação na posse dos grandes grupos exploradores que esses sim têm as ferramentas de o confirmar ou desmentir, e obviamente não o fazem, quais as outras alternativas para que este conjunto de Ilhotas perdidas no Oceano em paralelos africanos, se autonomizem e tenham os meios económicos sustentáveis para levar por diante uma autodeterminação ampla, ou mesmo uma Independência, da Nação Europeia que nos “ ampara” há séculos.
È do conhecimento publico que durante anos foram sondadas as comunidades madeirenses no exterior, e suas capacidades de resposta neste assunto.
È também de conhecimento publico as mil e uma sem-razões que a Republica Portuguesa , ao sabor dos mais variados Governos limitou, por razões diversas, mas nem sempre esclarecidas, as tentativas de uma real e justa Autonomia, somente atenuada nos últimos 20 anos pela União Europeia , e o sábio aproveitamento que fizemos nesta Ilha das verbas postas ao nosso dispor, mas não entregues de mão beijada. Foi necessário equipas de juristas , economistas, engenheiros e muita perícia técnica -financeira para as rentabilizar no tempo e no espaço, e sob condições controláveis pelas autoridades comunitárias. Ao contrário do chamado Continente, aqui isto é um facto. Era agora , ou nunca. PONTO .Pode-se discutir à posteriori se isto ou aquilo foi ou não acertado, ou quem beneficiou particularmente destes investimentos. São conhecidos de todos, aí estão. A cada um deles gerir essas fortunas face à comunidade onde estão inseridos.

Posto isto, e de uma maneira genérica, admitamos que a era pós-20013 já muito cerca, nos faz visionar um cenário de encruzilhada, onde uma vez mais passaríamos a depender ainda mais da Republica Portuguesa, sem ter ao nosso alcance as ferramentas jurídicas -constitucionais que nos permitissem , de uma maneira efectiva e actuante, lançar o desafio da nossa maturidade como Povo, sem enveredarmos por labirintos traiçoeiros, cujas consequências sociais seriam desastrosas, se não fossem ajuizadas com saber e muito sentido comum. E isto requer muito conhecimento, muitos enlaces, muitíssimos contactos. Muitos interesses a despertar, outros a sobrepesar, mas todos a considerar. O objectivo final seria garantia dentro das humanas previsões o futuro a longa prazo de uma Pátria que se afirma, a Pátria Madeirense.

Bruder disse...

(continuação)

Sem vos maçar muito, vejamos quais as primícias já reunidas para uma possível operação do “Grito da Liberdade”:
Um Território, com fronteiras naturais, sem conflitos de vizinhança.
Um Líder que mal que bem, unificou a maioria da População que habita esse território, e pode na devida altura ser o elo de consenso e união, marcando a vontade colectiva na sua grande maioria. Mesmo parecendo folclore foi esse o objectivo nestes últimos 30 anos, invertendo as atitudes de desprezo pelo Madeirense, para o orgulho de ser Madeirense , mesmo com as diferenças que nos marcam. Que muitas vezes nos distanciaram, mas que nos caracterizam, mesmo se isso nos faz apelidar de “ Povo Superior”.Queiramos ou não, não há outro líder que não seja AJJ. Podem cobrir-se de cinzas, espernear, argumentar enraivecidos, mas sem ele, tanto o PSD-M como a chamada Oposição,e isto escrito nos princípios de Maio de 2009, não têm capacidade de mobilização. PONTO.
Além disso, e aí está, dotamos-nos de portos, cuja finalidade ainda não está bem determinada. Mas ao construíamos com 80% de ajudas externas, ou construíamos neste contexto e espaço, ou nunca ,possivelmente.
Idem para as estradas, túneis, caminhos,e veredas, avenidas e habitação social, escolas , dispensários e centros de saúde, hospitais e clínicas, sem esquecer todas as obras anexas aos serviços sociais, muitos deles anexados à Igreja maioritária do nosso Povo. Factos.
Exportamos, pelas mais diversas razões o que melhor temos, por impedimento de os ocupar dignamente nesta Ilha ; O Madeirense, por norma, empreendedor e persistente.
Consequentemente, colonizamos , nós também, outros locais e Povos. Na devida altura influenciaremos, e já o estamos a fazer, as decisões politicas, diluindo pequenas Madeiras entre continentes,marcando a diferença da Nação Colonizadora agora presente entre Nós. Somos um elo de comunicação diferente, com os Povos ex-colonizados, pois sabemos o que é ainda estar colonizado. Que o digam os Madeirenses na Angola actual, e na diferença de trato que são beneficiários do Povo Angolano.
Temos uma Comunidade na Emigração das mais pujantes e acolhe-mo-los com toda a fraternidade quando as condições são adversas nos seus locais de residência. Escutem os Madeirenses -Venezuelanos, que ainda permanecem entre nós. Até já falamos “ mirês “.
Das equipas da construção saíram técnicos e pessoal especializado que agora começam a operar muito além das fronteiras nacionais. Deixarão as sementes, e frutificará a influencia para outros mais empreendimentos. Somos bons naquilo que fazemos, pois hemos feito na nossa própria Terra. Com são orgulho, mas de cabeça levantada. Longe vão os tempos do “Vera Cruz” e do “ Santa Maria” e da malinha de cartão na mão.

Mas isto ainda é insuficiente , embora imprescindível, para qualquer acção neste sentido, como é óbvio.
O que não temos:
Meios de sobrevivência sustentável. A tal economia tão fugidia e imprevisível num mundo global, onde se notou alguma ignorância daqueles que tanto doutoravam com as suas certezas.
A nossa maior industria, se o é, o Turismo,é volátil. Que o diga esta crise económica , e a chamada gripe A.
Importamos o que comemos, pescamos pouco e mal, cultivamos o que podemos, e depois de uma distribuição e procura de água, na qual gastamos muitos meios postos ao nosso dispor, continuamos a ser deficitários num contexto de consumo a médio espaço.
Exportamos pouco e mal. As guerrilhas entre concorrentes corroem a maioria das propostas no sentido de abarcar maior quota de mercados, e no caso da banana, é patético o que está acontecendo.
Não temos certamente consensos entre fracções politicas. Lamentavelmente, diga-se. Poucos foram e são aqueles que interpõem os seus interesses imediatos e muitas vezes privados, ao serviço da Causa Comum. As razões são variadas, mas todas poderiam ter tido solução, desde quando e sempre houvera um objectivo comum a atingir, no médio e largo prazo. Não havendo, houve que deixar essas facções se auto-mutilarem, até ao esgotamento paralisante. Estamos nesse ponto, o que não é aconselhável, mas necessário .Dessas cinzas surgirão certamente os novos Félix que compreenderão o Objectivo Final, e certamente marcharão lado a lado , no momento oportuno.

Longo vai o comentário, e podíamos continuar, com boa-fé e sentido comum a tentar reflexionar mais além da aldraba que nos impede ver para além do nosso próprio nariz, e análise dos nossos umbigos narcisistas.
De que comentavam os Cavalheiros ? Das despesas de quem ? E das “ amantes de que “ e “quando “ ? Das viagens “ secretas” e dos gastos provenientes do Erário Publico, é?E se justamente tudo isso fora por uma Causa do nosso próprio Povo, numa tentativa quase angustiante para Lhe encontrar uma saída neste beco de 500 anos ?Onde ficarão as “ D. Elias”, as reles a malvadas insinuações, as intrigas e vómitos, se tomamos por hipótese, tudo fora para clarificar, preparar, arquitectar, todo o Destino de um Povo que sempre teve nas nações Longínquas os naturais acolhedores deste Povo? Enquanto isso a Republica que ainda nos tutela,nos escarnecera, e escarnia. marginalizava,e marginaliza,como gente menor, com a altivez de um ex- Império de pacotilha disseminado pelos quatro cantos do mundo, agora enrugado e envelhecido, deixando já de parir crias para seu próprio sustento, tentando tragar o que ainda lhe resta de cauda vampiresa.
Para descanso das almas penadas, e outras andorinhas viajantes deste espaço; sou do PSD-M, sou do PS, adiro a todas as correntes e discursos, suporto malandros engravatados, ladroes com anel de licenciados, jornalistas lambões de gamela, comunistas, fascistas,empregados, desempregados, livres, com ou sem avental, desde sempre e quando sejam no momento exacto do encontro coma Historia, MADEIRENSES. Serão, são, meus irmãos de uma Causa Comum. Entretanto, divirtam-se, mas sempre com sentido-comum.

Bernardino da Purificação disse...

Uff! Desta vez, o Bruder encostou-me literalmente às cordas. Estou sem fôlego. O cavalheiro é um visionário, um profeta, um Elias, um Bandarra. Vislumbra um futuro glorioso, quase épico. O problema é que não nos diz para quem. Mas gosto de saber que, na sua por certo conhecedora certeza, o dr. Jardim anda a preparar o Dia do Juízo Final, cujo, no seu entender, há-de ser o do princípio de todas as coisas.
Caro Bruder (permita-me a simpatia do trato). O que você não nos explica é que futuro é esse que vaticina e propagandeia. Nada nos diz igualmente sobre a relação que todos sabemos existir entre a monstruosidade dos meios utilizados e os putativos fins que nos vem prometer. E deixa completamente de lado, como se não passassem de meros efeitos colaterais sem um mínimo de importância, as injustificadas poucas-vergonhas a que diariamente todos assistimos.
Não vou maçá-lo com o elenco. Afinal, conhecemo-las todos: os enriquecimentos obscenos; as perseguições ordinárias; os boçais abusos de poder; a apropriação sistemática da vontade colectiva; a incompetência governativa; a falta de transparência da acção e das decisões; enfim, o criminoso esbanjamento dos nossos parcos recursos.
Eu não discuto as viagens de sua excelência. Nem sequer me incomoda quem o cavalheiro leva no turismo que faz (desde, como é evidente, que não sejamos nós a pagar os requebros de coração a que também tem direito). Maça-me, porém, que se esteja nas tintas para o parlamento de que depende. E não suporto que nem uma palavra nos diga sobre o que anda a fazer.
Percebo que o presidente e o Bruder não saiba. Mas a democracia distingue-se das ditaduras pelo respeito das leis e pela observância das regras. E se os fins prometidos são assim tão auspiciosos, não há razão para o segredo. Pelo contrário. Se tudo for assim tão bom e tão bem explicadinho, vai ver que as adesões hão-de suplantar as rejeições.
Permita, porém, o direito à discordância. A democracia também é isso.
Bernardino da Purificação

Anônimo disse...

Caro Bernardino,
Felicito-o pela pachora de que dá testemunho ao responder aos prodígios funambulísticos da D. Bruder, cuja rede consiste em acreditar na infalibilidade do chefe e em amanhãs que cantam (o bailinho, claro).
Uma senhora deve se bem tratada, mesmo quando, como é o caso, recita aleivosas (mas deliciosas) barbaridades directamente inspiradas pelo subgénio político do nosso vice.

Fernando Vouga disse...

Finalmente a D. Bruder disse alguma coisa. Não concordo com quase nada mas, com esse gesto, tornou-se um pouco mais mais respeitável.
Quanto à matéria em causa, só não faço minha a resposta do autor deste blogue, porque não tenho a sua "pedalada".

Anônimo disse...

Prabens Bernardino, desta feita honraram-no Soberanamente.

Entendeu...? Soberanamente porque lhe explicaram, muito mal, mas explicaram-lhe, o que de forma enviesada e fascizante, recusam fazê-lo em sede própria, ou seja na Assembleia Regional da Madeira.

Somente por esta explicação, o meu Veneravel e Grande respeito por este "Blog"...hoje fêz história...finalmente a virtual D. Bruder, sentiu-se na necessidade de justificar o injustificavel das suas atitudes.

Bernanrdino, um grande, muito grande abraço de parabens.

Como Eisenhower (Dwight), sugeriu a fotografia dos resultados dos campos de concentração, de forma que a história não desmentisse a fria e objectiva realidade, registem os interessados, as por certo veneráveis palavras da nossa não menos Veneranda D.Bruder...e aguardemos estoicamente pelos resultados.

amsf disse...

Pelo que escreve este ideólogo do sistema (Bruder) o desemprego na Madeira (10%) é um mal que vem por bem. Cuide-se a diaspora judaica pois a madeirense está prestes a substitui-la! Quem diria que tudo isto faz parte de uma táctica bem pensada. Felizmente que as viagens de AJJ não são um desperdício mas um investimento na nossa indústria petrolífera e quem sabe diamantifera! Pelo que ouvi há pouco na inauguração de uma biblioteca que no primeiro dia atingiu o hauje de frequência os madeirenses terão que fazer alguns sacrifícios não por si mas para ajudar o país! Descaramento não lhe falta!

Anônimo disse...

Este comentador(a) de Bruder, pretende enganar quem ?

Tenha vergonha e simplesmente...desapareça...obvia e...definitivamente.

Tchau,...sua(eu) sem vergonha !

Anônimo disse...

Para o sr. ou sr.ª Gruber, os fins justificam os meios. Sejam quais os fins e quais os meios. O grande pajé é inquestionável na sua magnificência. Ora deixe-se lá de palhaçadas. Acorde para a vida. A verdade é que quando Alberto João Jardim se retirar vai-se estar perfeitamente nas tintas para os madeirenses que cá ficarem a pagar a gorda dívida que ele contraiu ao longo destes anos, supostamente para nosso bem. Temos o futuro hipotecado. E o dos nossos filhos e netos também. A Democracia nesta terra é feita à medida do líder. O único importante. Isso só já diz muita coisa. O homem tem tiques de ditador e, com a idade, só está a piorar. Mas quero mesmo ver é quando ele sair, por força da idade ou doença (não lhe desejo nenhum mal, mas acredito que o homem não vai durar para sempre) como é que vai funcionar a unidade do PSD. Como é que vai funcionar o governo. Quem é que vai fazer "aquele" discurso que elege os candidatos desconhecidos?

Anônimo disse...

Pelo DN de hoje, tive conhecimento que se encontra para breve a abertura oficial de uma casa dedicada ao Dr. Jardim.

Proponho para a sua entrada, a afixação de um mapa, com a indicação das suas viagens faraonicas, públicas e secretas.

Anônimo disse...

E porque não ume exposição na placa central do Funchal, a modos de muitas outras anteriores, dedicadas às viagens do Sr. Presidente, nunca olvidando aquelas à volta do Mundo, com vista à sua despedida das comunidades madeirenses, nomeadamente quando os VIPs da troupe, aparecem mascarados das mais variadas espécies ?

Seria tão giro.

Anônimo disse...

Só uma pergunta sr.(sr.ª)Bruder:
Acredita mesmo em tudo o que diz, ou está a lutar com todas as suas forças pelo seu sustento e dos seus entes mais queridos?

Jorge Figueira disse...

Quase sou levado a concordar com o (a) Bruder. O ente em causa é alguém bem informado, logo não custa acreditar que o secretismo das viagens tenha a ver com a existência de petróleo na costa e que o mesmo tenha de ser procurado no mais completo segredo. O segredo. todos o sabemos, é a alma do negócio.
A única coisa que escapou ao comentarista é que o nosso Sultão já começou a gastar por conta...Já pensou Bruder se o petróleo da costa é tão real como o aumento das capturas de atum com os barcos construídos com o dinheiro vindo de Bruxelas? Olhe estavamos ben arranjados sem não viessem os "tontos" dos açoreanos com a suas embarcações...lá se ia o popular S. João com o atum salgado. OH! homem tome juízo!

Anônimo disse...

Realmente o "Petróleo affair" tem até uma certa lógica. E se for esse o caso está até explicada a presença da D.ª Maria Abreu. Vai com certeza para ajudar nas perfurações.

Anônimo disse...

Julgo que o terreno onde existe o virtual "petróleo" (mania de mudar o nome às coisas...agora chamar aquilo de petróleo) já se encontra "pesquisado" demais para que as putativas perfurações ainda produzam resultado, realidade que dispensa obviamente a necessidade de intervenção do martelo pilau.

Anônimo disse...

A D.ª Maria Abreu (nome que consta nas passagens) foi recentemente avó. Por isso, adivinham-se mais viagens, desta feita ao território continental do nosso Portugal. A não ser que a dita "senhora" enjeite a neta assim como enjeitou o filho.

Anônimo disse...

Essa tal de Bruder, afinal descobriu ou ainda vai descobrir petroleo ? Mais precisamente, no mar do norte ou na praia do Porto Santo ? Já agora, não existe mais nenhuma anedota formulada com a intenção de branquear toda esta "história" ?