sábado, 6 de setembro de 2008

Basta que sim!

Hoje não me contive. Ri-me como há muito não acontecia, graças à prosa deliciosa, inimitável e levemente impenetrável desse grande vulto do socialismo da Madeira que reivindica a autoria do Basta que Sim.
Francamente gostei do que li. Apesar, vou já dizendo de passagem, de um número apreciável de incongruências que não pude deixar de assinalar paredes-meias com uns quantos processos de intenção a que o dito recorre sempre que lhe apetece.
O cavalheiro em questão parece andar maçado com a forma como se apresenta o autor deste blogue. Como cada um se maça com o que quer, confesso que nem sei o que lhe diga. Por mim, pode continuar a maçar-se à vontade. Se não quiser fazê-lo, tem bom remédio. Como sei que gosta do que é genuíno da Madeira, recomendo-lhe um chá de alfavaca da serra. Dizem que faz bem. A quê não me pergunte. Mas, se experimentar, vai ver que é capaz de servir para alguma coisa. Faço questão, porém, de declarar desde já. Dispenso os agradecimentos. Só estou aqui para ajudar.
Retomando o fio à meada, temos então que o dr. Fonseca considera que o autor destas linhas tem todo o direito de se apresentar aos frequentadores da blogoesfera como muito bem quer e entende. Porém (ele há sempre um porém nas cabecinhas moralistas e inquisotoriais), o dito cujo considera ter igual direito de me colar uma suposta identidade e de me atribuir uma hipotética intenção.
Quanto à primeira, o dono do Basta que Sim, insinua uma imagem sugestiva. Eu terei andado um dia, no perclaro dizer de sua excelência, de caneta em riste. Pobre de mim! Gosto, é verdade, da sugestão quase épica - já me estou a ver cruzando montes, vales e terreiros da luta, montado em fogoso corcel e arremetendo contra os ímpios de caneta em riste. Enternece-me a deferência do dr. Fonseca. O problema (o meu, é evidente) é que se engana. O mais que até agora tive em riste chama-se outra coisa. E isso, como é bom de ver, não vem agora ao caso. Até porque (suspiro!!!) já foi há tanto tempo (que me seja perdoado o tom intimista e nostálgico da confissão) que quase nem dá para lembrar.
Posto isto, passemos à intenção que me é atribuída. Eu terei, diz o meu ilustre leitor e crítico, um qualquer problema com o sistema. Engana-se mais uma vez. Até porque o único sistema que faço questão de cuidar é o hidráulico, e esse vai andando bem com a graça do Senhor, do Grande Arquitecto, ou do Altíssimo, se vosselência preferir.
Não tenho problemas com nenhum sistema, pode crer. Nunca tive e garanto que nunca hei-de ter. Até porque sei que preocupações dessas são um exclusivo seu. Pode crer que tenho plena consciência de que só você tem autoridade moral, política, cívica e cultural para falar do que quer que seja. Sobretudo do sistema. Sempre foi assim. E assim há-de ser sempre. De maneira que lhe peço e sugiro que nos brinde com as suas brilhantes e doutas análises e deixe de atribuir identidades e intenções a quem não tem o desprazer de conhecer. Não perca tempo. Pelo menos comigo. Pode crer que não mereço. No entretanto, espero que me conceda o direito de andar por aí a escrever despretensiosamente com o parco sentido crítico que infelizmente me foi outorgado. Agradecido.
Bernardino da Purificação

6 comentários:

amsf disse...

LOL!

Apesar de tudo na arte da caneta são muito semelhantes!

Anônimo disse...

Sim, melhor do que o amsf, certamente.

Anônimo disse...

O Bernardino escreve bem e sem erros.
O Fonseca é mais fraco.
O AMSF, coitado!

Quanto ao Basta Que Sim, aquilo melhorava com mais trabalho efectivo como docente... Mas o sistema educativo que temos dá a alguns professores do ensino secund muito descanso...

Anônimo disse...

Não ataquemos um socialista.
Ataquemos sim os futuros criminosos (por tribunal) escondidos no blog covarde e que querem lixar o PS de JCG, gozando com ele, chamando-lhe o "nosso Professor" ou "líder", como o pintor faz com o AJJ.

A esse blog temos de dar algo tipo penedo do soco!

Anônimo disse...

Este "Neves" pelos tiques demonstrados, não passa de um PSD, daqueles que covardemente sovam senhoras, agora travestido de socialista, para, obviamente lançar a confusão.
Não insista que não convence. Se calhar, será melhor dedicar-se ao costumado pancadume na esposa, dado que a Senhora já se terá habituado e certamente está-lha fazendo falta.
Então valentão, para que foi que Deus te deu força...?

Anônimo disse...

Então "Neves", ficaste "abananado" ?