Há de facto qualquer coisa no ar. Não sei se é das renas e trenós do Natal que ficcionamos (jingle bells, jingle all the way). Ignoro se será do tim-tam-tum das minhas cada vez mais velhas memórias. Nem sei se é coisa do odor balsâmico a azevinho, se do vermelho-único das manhãs-de-páscoa, ou se do brilho lustroso do alegra-campo. Do bolo de mel não há-de ser que o dito corre por aí demasiado industrializado para o genuíno gosto dos nostálgicos. E do ambiente dos shoppings também não porque, segundo se diz, a crise passeia-se para cá e para lá num tropel de cobiça contida ou necessidade adiada à espera da estação dos saldos. No entanto, queira-se ou não, há por aí qualquer coisa que nos distrai das maçadas quase diárias perpetradas pelos permanentes maçadores do costume.
Ignoremos, pois, por uma semana o dr. Cunha que nos dá cabo do orçamento sem se preocupar um bocadinho que seja com a ameaça real da crise. Deixemos de lado por uns dias as evasões mensais do dr. Jardim e as suas diatribes anti-Sócrates só para se desresponsabilizar e dizer que está vivo. Façamos de conta que o dr. Jardim Ramos resolveu finalmente ficar quieto depois da louça que desajeitadamente partiu no Hospital. E finjamos que não percebemos nem que o dr. Gouveia decidiu não existir, nem que o dr. Aguiar continua a achar que isto não merece mais do que uns quantos números de circo, nem que o líder do PP deixou de perceber se, por causa da estratégia nacional, deve piscar o olho ao PS ou ao PSD.
Aceitemos, em suma, deixar dentro de um parêntesis de votos pios a nossa consciência crítica. Ao menos por uns dias. Com a promessa, claro, de voltarmos ao terreiro logo que passem as festas. Entretanto, que possamos ter todos um feliz Natal. Mesmo os que não o mereçam. Até já.
Bernardino da Purificação
9 comentários:
Tréguas natalícias decretou o Bermardino. Diria um alentejano: nã tá mal alembrado nã Sr. O problema é que nos tempos que correm não há tréguas nos campos de batalha...
Um Feliz Natal para o Bernardino e toda a sua familia são os desejos deste leitor, anónimo e asséduo deste sítio e depois de ter lido faço o comentário que é tempo de começarmos a pensar na formação de um partido regional (bem sei que a Constituição não o permite) mas como vem aí uma revisão então devia ser condição impor-se o desejo dos madeirenses (OU será que não existe alma autonomista) de pela primeira vez na sua história política o direito absoluto a que nos assiste de formar partidos regionais. Enquanto eu espero por esse momento, deixo-o com a minha lombalgia a atormentar-me e mais uma vez feliz natal a todos e a você bernardino espero por muitos anos ler as suas farpas pensadas com a dedicação de um autentico engenheiro da palavra.
Senhor Bernardino da Purificação
A si e aos seus entes queridos, desejo-lhes o reforço dos afectos e muita saúde, tanto nesta Festa da Família como no ano que aí vem.
Mais uma vez, queira aceitar os meus calorosos parabéns pelos excelentes e substanciais "nacos de prosa" com que tem obsequiado os curiosos deste seu magnífico blog.
Até sempre.
Ao autor do blog, bem como à gente séria que aqui participa, e respectivas famílias,desejo que tudo lhes corra o melhor possível,especialmente no futuro difícil que as maiorias absolutas nos põem no sapatinho.
Feliz natal e feliz ano novo!?! Para aquelas maiorias,espero bem que passem a ser tão felizes como os que têm construído para o cidadão comum...
Tudo o mais são ilusórias tretas!
Senhor Autor do Blog
Que tudo lhe corra bem neste Natal e no Ano Novo são os votos deste ignorante que muito tem aprendido neste seu espaço.
Que tenha muita saúde e força para meter juízo na cabeça da gente.
Bem haja.
Parabéns pela qualidade ímpar da sua escrita e a pertinência dos seus conteúdos.
Feliz Natal e próspero Ano Novo.
Um Bom Ano de desvarios economicos ao Sr. Vice-Presidente, por forma a que o dito seja mais cêdo despedido do que o seu Patrão.
Srº Bernardino,hoje só venho desejar-lhe umas boas saídas e entradas e que no ano novo continue com a mesma vitalidade.Um abraço.
Feliz Ano para as pessoas de bem, que felizmente ainda são muitas.
Justiça célere e eficiente para todos aqueles que erraram por por palavres gestos e acções.
Aos corruptos e incompetentes que a misericordia divina os albergue nos respectivos centros educativos, por forma a que preventiva e repressivamente, a sua punição sirva de exemplo a todos os demais candidatos, que infelizmente proliferam nesta santa Madeira.
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